quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Recessão

A pobreza nos ronda. O desemprego já é um monstro que nos bate às portas, assolando algumas empresas do país. Aqui, no berço de Flores da Cunha e Borges de Medeiros, não está sendo diferente, com indústrias calçadistas agradecendo e dispensando o trabalho de diversas pessoas. Onde tudo isso vai chegar?

Soube ontem, ouvindo as notícias pelo rádio, que um operador da bolsa deflagrou um tiro em seu peito. Um tiro em seu peito, seu próprio peito, no peito que Deus lhe deu! A que ponto chegamos! Será que não é o dinheiro que está nos conquistando em vez de nós o conquistarmos?

Falando em recessão, lembro-me de haver assistido alguns filmes falando da época em que os estadunidenses amargaram. Um deles é O sol é para todos, com Gregory Peck. Magnífico filme. E ele mostra muito bem uma coisas: podemos ser pobres, mas a honradez que carregamos no peito nunca pode ser vendida, trocada, negociada. Mostra o conflito de uma sociedade pobre e preconceituosa, com um branco pobre, bêbado e agressivo contra um negro manso, deficiente e mais pobre ainda.

É... infelizmente, ainda vivemos numa sociedade de aparência. Daqui a pouco, haverá gente de casaca rota cruzando por nós nas ruas, assim como havia na Rússia; e será que não há?

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