A hora é chegada, o corpo não espera
Ficando assim mesmo, na humilde tapera
O Mestre divino, menino, hospedado
Em noite cerrada, a estrela, pungente,
Resplende Sua glória, indica o caminho
Da vida eterna que trouxe, sozinho
A um mundo mui triste, estéril, descrente
Saudado é por anjos, em grã profusão
E pelos pastores, tão alegremente
Em silêncio terno, mirando o que jaz
Riquezas tributam os orientais
Dizendo ao infante em prece silente
"Bem-vindo, Alteza do Reino da Paz!"