segunda-feira, 27 de julho de 2009

Here comes the Sun

Frio intenso e um solaço de dar gosto na rua: eis a bela Porto Alegre hoje. Nada melhor que lembrar dessa música, linda que só!

Pessoal, prometo que voltarei a postar com regularidade. Por enquanto, tá difícil de conciliar tudo. Enfim... sun, sun, sun, here we go!

sábado, 11 de julho de 2009

O fax do Nirso

(recebi em e-mail; julgo "curioso"):

+ + +

UM GERENTE DE VENDAS RECEBEU O SEGUINTE FAX DE UM DOS SEUS NOVOS
VENDEDORES:

''SEO GOMIS, O CRIENTE DE BELZONTE PIDIU MAIS CUATRUCENTA PESSA.
FAZ FAVOR TOMÁ AS PROVIDENSSA..
ABRASSO, NIRSO.''

APROXIMADAMENTE UMA HORA DEPOIS, RECEBEU OUTRO:

''SEO GOMIS, OS RELATÓRIO DI VENDA VAI XEGÁ ATRAZADO PROQUE TÔ FEXANDO
UMAS VENDA.
TEMO QUE MANDA TREIS MIL PESSA. AMANHÃ TÔ XEGANDO.
ABRASSO, NIRSO.''

NO DIA SEGUINTE:
''SEO GOMIS, NUM XEGUEI PUCAUSA DE QUE VENDI MAIS DEIS MIL EM BERABA. TÔ
INDO PRA BRAZILHA.
ABRASSO, NIRSO.''

NO OUTRO:
''SEO GOMIS, BRAZILHA FEXÔ 20 MIL.. VÔ PRA FROLINOPOLIS E DE LÁ PRA SUM
PAULO NO VINHÃO DAS CETE HORA.
ABRASSO, NIRSO.''

E ASSIM FOI O MÊS INTE IRO. O GERENTE, MUITO PREOCUPADO COM A IMAGEM DA
EMPRESA, LEVOU AO PRESIDENTE AS MENSAGENS QUE RECEBEU DO VENDEDOR.

O PRESIDENTE ESCUTOU ATENTAMENTE O GERENTE E DISSE:
''DEIXA COMIGO, QUE EU TOMAREI AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS.''

E TOMOU...

REDIGIU DE PRÓPRIO PUNHO UM AVISO E O AFIXOU NO MURAL DA EMPRESA,
JUNTAMENTE COM AS MENSAGENS DE FAX DO VENDEDOR:


"OS PHD DO ÇETOR DE MARQUETINGUE DA IMPREZA KI NUM MOSTRÁ CIRVIÇU TÃO
DIMITIDO ÇUMÁRIAMENTI, INCRUSIVI O GOMIS. MOTIVU: DIPROMA DIMAIS,
CUMPETENÇA DIMENUS! A PARTI DI OJE NOIS TUDO VAMU FAZÊ FEITO O NIRSO. SI
PRIOCUPÁ MENOS EM ISCREVÊ SERTO, MOD VENDÊ MAIZ.
ACINADO, O PRIZIDENTI

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Olha

Essa é linda e me parece, sabe Deus o porquê, que foi feita para um dia frio e nublado. :)

Bjos, abraços e bom findi!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Perdigotos de sabedoria

Só para constar: estou no Twitter (e, ultimamente, acho que estou mais por lá que por aqui). O link está do lado, nos Contatos para Shows.

RickRoll'D

Pra quem achava que algo não poderia ser cafona, eis a prova! Pior é que eu gosto...!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Chove em Porto Alegre.

Chove em Porto Alegre.

Sim, com ponto final. Chove em Porto Alegre. É uma frase de início e fim, com início de garoa e fim de pé molhado. Chove.

Aprendi que isso era uma oração sem sujeito. Como assim, “sem sujeito”? Só porque meu nome não está ali? Há sujeitos, sim; eu, inclusive! Chove em Porto Alegre, e EU molho meu pé, vou trabalhar enfrentando um trânsito caótico, fico o dia inteiro com a sensação de que cheiro a cachorro molhado e sofrendo de sem-gracisse, uma letargia do demônio para atuar.

Mas não há sujeito em “Chove em Porto Alegre”.

E, se não há sujeitos, não há direitos. O Direito surge aos sujeitos.

Preciso que pare de chover, pelamordedeus!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Perséfone

Tipo assim, ó, antes de falá da Perséfone, eu vô falá do pai dela, o Zeus, só pra gente tá ligado como é que era a família dela e vê que a parada não era tão moleza assim.

Zeus era o cara. Ele era o que mandava nos deus tudo, mandava nos home, nas mulhé, nos bicho e, se quisesse, inventava até uns monstro pra podê mandá neles. Ele era casado com a Deméter, que era gente fina, mas era aquelas mulherzinha que só reclama, tá ligado?, aquelas que fala “ai, amor, a tornera da cozinha tá pingando”, “ai, amor, busca pãozinho na padaria” ou “ai, chuchu, como tu tá fedendo”. Ela era assim, bonitinha, mas ordinária. Acho que ela era a única que aguentava ele, porque ele era da cabeça virada, comia as mina tudo e tava poco se lixando pro que diziam dele.

E não é que o cara acaba tendo uma filha gostosa? Pô, mano, a filha dele era mó gostosa: corpinho em dia, peitinho durinho, bundinha arrebitada, bem branquinha, com o cabelo claro e cacheado, dessas que só aparece nos sonho e nos filme americano dos raiskul-miusical. Cara, a mina era uma loucura, e a urubuzada caía em cima, porque a pinta era gostosa, mas não era fazida, e isso que nem tinha virado mulher e já era tudo isso.

Mas então, mano, a mina ainda era adolescente, sei lá, uns 16 aninhos, mas já mostrava que veio ao mundo pra dexá véio de quexo caído, e um tiozão, o Hades, se encantô por ela. O Hades era mó estranho, se dizia deus do mundo da morte; meio punk, ele. O cara se achava todo, mas era mó vacilão, porque um loco lá, o Sísifo, botô uma coleira no pescoço dele e dexô ele preso lá um tempão e ninguém morria! Mas ele se gamô na filha do cara lá e pediu pra ele pra liberá a mina pros mano, porque a mina era gostosa e ele ia tratá dela como uma deusa, ia botá num trono e fazê que ela fosse cuidada só com as raridade, perfume Kálvin-klain, maquiage Vitória-sícret, botinha Doltigabana e bolsa Vitorugo, que é da grife dos magnata. A mina ia ganhá tudo isso, só precisava sê mina dele, só dele, e esquecê essas parada de baladinha, quip-cúler no posto e fotinho de Orkut no espelho do colégio.

O pai da mina não era lá muito de compartilhá as coisa com a patroa e topô mandá a filha lá pa caverna do maluco esse, porque pensô “vô tê um gasto a menos e um troxa pra pagá as conta dela; não dá duas e treis e ela vai aprendê o que é bom pra tosse dela”. Daí, ele dexô o lôco casá com a mina e nem avisô a Deméter, que surtô de veiz, ficô em depressão e não cuidava de nada.

O casamento da mina não era lá o pirulito. Ela até gostava dele, mas era pirralha, não queria sabê de bimbá com o cara, e o cara lôco pra arrasá na cama com a mina, e a mina se fazia de rogada e não queria. Eu não vô dizê o que eu acho disso porque o blog do mano Samuca é um blog de família, de gente decente, não pode falá palavrão, mas pqp!, que mina que era fazida! Mas ela se deu mal, porque ele, enchendo ela de mimo, levô pra balada de be-eme-dábliu, pagô champanhe importado e, o mais importante, véio, ela comeu um baguio de romã. Perdeu, mano, perdeu! Se a mina não quisesse, que fizesse greve de fome, mas comeu o baguio da romã (tá ligado o que é romã? Aquela fruta que se come no reveiôn, pra dá sorte no ano), aí, aceitô casá. Agora, mano, mata no peito e chuta pa freinte, porque tá no time titular, vai tê que segurá o rojão.

Mas a mãe dela, a Deméter, era fazida, a lôca. Toda coitadinha, toda delicadinha, mas o passado dela não era lá uma coisa tão bonita. Antes de casá, era safada de doê, ia nos baile funk de saia pra podê derrubá os cara ou de calça atolada do rêgo e sem calcinha. Daí já viu, mano, a pinta enbarrigô e nem sabia de quem era, e daí deu a criancinha pra mãe dela, eu acho; eu sei que ela não ficô com a criancinha, porque disse que era novinha e que queria rebolá e saí com os cara. Quando se apaixonô pelo Zeus, se fez de menininha do papai e o cara acreditô, e ficô do jeito que tá. Só que a criancinha cresceu e deu otra baita gostosa, a Despina, mas que se mordia da Perséfone. Enquanto a Perséfone era lorinha e toda meiguinha, a Despina tinha cara de safada e um corpão de matadora, com aquele olhar de matadora, tá ligado, mano? A mina era morenona, com um bundão de cinema e os peito de bondiguél, digna de botá rôpa de couro colada nos coxão grosso e dexá os lôco tudo torto de tesão; ó, só pra encurtá a história, mano, uma era um anjinho, dessas que a gente qué pra casá e tê um monte de filho, e a outra é das que a gente qué pra doze hora de suíte. Mas o que a mina tinha de boa, a Despina, tinha de recalcada: tinha inveja que a lindinha tinha casado, que ganhava calça da Gang, vestidinho do Ercovíti e umas prata manêra da Agá-isterni, que era a rainha lá do submundo e que o marido dela era caidaço pela patroa dele, e ela ficava braba e quebrava tudo, mano, parecia quando tava no barato, botava tudo pra quebrá no mundo dos mortal, se aproveitando que a mãe das duas tava de depressão, na fossa mesmo, mano, derrubada, sem a filhinha gostosa.

Daí, o Zeus não guentava mais a Deméter xaropeando “eu quero a minha guriazinha, eu quero o meu bebê, eu quero a Pê, eu quero a Pê” e foi lá falá com o cavernoso, porque a patroa dele não parava de enchê o saco e a gostosa da Despina se aproveitava e acabava com as plantação, tudo. O Hades, que é ligado, não ia dizê “não” pro chefe, e combinaram o seguinte: que a Perséfone ia ficá seis meis com eles, pra não aborrecê o poderoso, mas ele queria ficá com ela os otros seis meis, pa podê zuá, curti, essas coisa, tá ligado?

E assim ficô: a mina virô filhinha de papai por meio ano, quando continua guriazinha da mamãe, e a fazida da Deméter fica feliz e dexa tudo bonito pra filha, e nóis, os mortal, curtimo o verão, e a otra metade do ano ela fica com o cavernoso do Hades, quando ela se torna um mulherão, rainha da morte, e a mãe dela fica deprimida, escondida, e a irmã gostosuda dela acaba com tudo, e nóis fica aqui no inverno.

E tem gente que tem a cara de pau de dizê que não é refém dos cara lá de cima...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

No intervalo do show

Pois é, seu moço, eu tive um amor. Eu amei uma moça linda, loira de olhos verdes e cabelos cacheados. Áurea era o nome dela. Foi uma paixão linda, daquelas que se consomem de fio a pavio.

Conhecemo-nos por acaso, na casa de uns amigos. Todos contentes, aprovação das três filhas do anfitrião para estudar no Liceu, e eu vi a moça ali, de rosto liso, de cabelo lavado, de perfume de verão. A brisa lhe movia os cabelos de caracol, a boca carnuda balbuciava qualquer coisa que não me interessava; pouco lembro, meu filho, o tempo apaga o que não é importante para que a gente se lembre do que precisa, né?

Qualquer coisa que ela me dissesse, se fosse para mim, seria importante. Mas achei que nada que eu dissesse seria importante para ela: o que uma moça nova e bonita iria querer comigo? Na época, eu era guarda-livros – profissão odiosa, aquela – e ela devia fazer algo importante; sei lá, professora, talvez.

Pois se não era professora, deveria sê-lo. Tinha pinta de professora. Com um nariz bem afilado e um óculos redondo, bem pequenininho, de metal dourado – porque antigamente não era como hoje, que tem óculos de tudo que é jeito; eu lembro quando eu fui levar minha guria pra aviar os primeiros óculos dela, ou era um óculos de metal (que ela achava cafona, mas eu gostava), ou era de um plástico preto (acho que era um tal de acetato, que meu guri dizia que era “pra frente” usar óculos de matéria plástica).

Dançamos de par, ela e eu, naquele jantar. Pobrezinha, ela estava envergonhada com a saia dela, que amassou; dizia-se menina arteira, dessas que ficam saracoteando por aí. Eu, todo aprumado, tirei a moça. Foi a minha glória. Como estava toda nervosa por causa da saia de linho, eu prometi para ela que eu imaginaria que ela era uma princesa de um reino qualquer, mas que tinha pedido uma saia emprestada para uma prima e que, no afã de logo chegar àquele baile, acabou não se dando conta; mas que tava amarfanhada, tava, bixo, tava toda ruim, parecia que um boi tinha mascado aquela saia.

...

Não, guri, nunca mais a vi, mas aquela noite foi linda. Ela sabia que eu nunca mais a veria, eu também sabia que era a única vez que trocaríamos olhares, mas eu não dava bola pra isso, nem ela, nem ninguém. Ninguém dava bola.

...

Não, a gente não fazia nada com as moças antes de casar. Ou se era honesto, ou não, já dizia meu finado pai, que Deus o tenha em Sua glória. Mulher era pra casar ou pra farrear. Nunca fui de farra. Então, aproveitei tudo o que pude naquela noite, naquela sala, naquele jantar, naquela dança.

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Eu olhei bem nos fundos dos olhos dela. Disse para ela, só com o olhar, “eu te desejo”. Ela me respondeu com as bochechas, bem rosadas, que me disseram “eu gosto disso”. Depois daquela primeira troca de olhares, não falamos mais nada.

...

Foi bom, foi muito bom. Tivemos uma viagem a dois, uma noite mágica, de carinho, de ternura, de enlevo. Ela dançava como poucas mulheres que vi – e olha que já dancei um bocado; antes das minhas primas casarem, eu era o par delas, porque meu tio era muito bravo e me pagava pra ir nos bailes com a Henriqueta, a Aurélia e a Carmem Lúcia, as filhas dele, e eu gostava, claro, porque ganhava dinheiro só pra ir lá, botar banca e enxotar os moleques que ficavam na volta; claro que eu deixava os caras darem uma olhada, dançarem um pouco com elas, mas nunca deixei que se passassem com elas, nunca, até porque se eu deixasse, meu pai me daria uma coça que eu nunca mais esqueceria e não filaria mais essa boquinha de ganhar pra ir nos bailes. Tinha que ser malandro antigamente.

...

Relação? Que é isso, comandante? Isso é papo de careta. A gente aproveitava, se olhava, se amava assim; e era bom, me fazia bem, me deixava com o coração cheio e enchia o coração das moças. Isso podia. Não era pecado, e eu sei que não era porque eu perguntei pro Padre Vitório, meu confessor, o padre da capelinha do lado da casa do Seu Fidélio, que era muito amigo do meu avô; eu disse pro Padre Vitório que eu olhava bem no fundo dos olhos das garotas e tentava enxergar o olhar delas, porque eu queria encontrar aquela que quisesse, lá no fundo do olhar, encontrar alguém como eu.

...

Achei, sim, e fui muito feliz com ela, mas eu te conto outra hora, tá? Tu não me leves a mal, mas eu tenho que continuar a apresentação; sabe como é baile de velho: todo mundo tem que sair cedo pra ir dormir logo e não ficar com arritmia, pra tomar remédio da pressão, pros filhos não ficarem enchendo o saco e deixarem o povo sair, essas coisas. E eu não posso falar muito, não cozinho na primeira fervura, e se eu ficar falando muito aqui, a voz se cansa. Então, meu amigo, nós nos encontramos num outro baile da vida. Até mais. Vou te dedicar, a ti e à Áurea, o primeiro bolero de agora.

...

Senhoras e senhores, a boa música recomeça, lembrando dos amores que tivemos; mando essa canção ao meu amiguinho, guri, que nos prestigia hoje, e a um amor que tive, desses que só conhece quem sabe o frio da barriga do cortejar:

Nadie comprende lo que sufro yo...

Crise do meio do ano

Estou convivendo com as palavras do Raul: “eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que eu quis, mas confesso, abestalhado, que eu estou decepcionado / porque foi tão fácil conseguir e agora eu me pergunto "e daí?"; eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e eu não posso ficar aí parado

Não que minha vida seja fácil, linda ou algo que o valha; demorei algum tempo para conhecer alguns luxos que a vida oferece, e isso porque nem sempre vi à minha frente as melhores condiçoe$ para tocar todos os sonhos que almejei. Tá, nunca fui completamente Pelado (com P maiúsculo, pois com minúsculo, posso dizer que fui), mas consegui fazer valer a pena minha formação acadêmica e meu conhecimento geral. Tá, e daí?

Sei lá. Ando meio injuriado da vida. Mais uma vez sou socorrido pelo parceiro do mago: “eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concedido o domingo pra ir com a família no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos / Ah! Mas que sujeito chato sou eu, que não acha nada engraçado, macaco, praia, carro, jornal, tobogã, eu acho tudo isso um saco”. Fui, vi e venci. Naveguei por precisão, desafiei as procelas por necessidade. Tá, e daí?

Fim do curso de Direito. Permitindo o Grande Arquiteto do Universo, 21/01/10 é o dia da cerimônia. Bel. Samuel Aguiar da Cunha, o Sami da mamãe, o bichinho da goiaba da titia, o guri do pai. Tá, e daí?

+ * + * +

Aprendi no Direito que há duas coisas a se pensar quando se atua no Judiciário: uma é o Direito material, aquele que diz que é crime matar, que dá direito de herança aos filhos ou que obriga o desgraçado que nos bate no para-lama pagar o conserto; a outra é o Direito processual, que é o modo como eu vou reclamar isso. Assim, não há que se falar em procedimentos judiciais sem direitos a reclamar. Isso é basilar, primordial.

Acontece que o advogado, que quer vencer a qualquer custo, muito usa dessa artimanha – olhar o processo ensimesmado – para pedalar sua demanda, mandando para o-raio-que-o-parta a discussão material. São essas coisas que fazem com que a população se enoje da conduta de certos juízes, que não dão aposentadoria às velhinhas porque o processo não foi bem defendido, ou que inocentam os suspeitos por firulas.

Pois é. Não raro acabo me sentindo um meio, e não um fim. Não é de hoje, confesso. E não posso reclamar. Muito acho que a vida é assim mesmo. Droga de vida.

+ * + * +

Michael Jackson era famoso porque dançava da frente para trás ou dançava da frente para trás porque era famoso?

A pergunta conduz a erro: a primeira acepção da conjunção (famoso porque dança) joga como primário, no ritmo lógico, a situação de dançarino, e, como consequência, a fama; na segunda assertiva (dança porque é famoso) joga a fama como antecedente à dança. Contudo, nenhuma das duas lança os olhos ao fato de que Michael Jackson é, independente de ser famoso ou dançarino.

Será que meu olho está se acostumando a ver funcionalidades ou nós só valemos o quanto pesamos?