terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O poder das palavras

Quando comecei a estudar regularmente, notei que tinha muita facilidade com as ciências exatas, sempre me defendendo muito bem com notas e apresentando criatividade suficiente para encontrar respostas aos problemas que me eram propostos. Contudo, mesmo sendo uma miniatura do homem que calculava, as palavras me chamavam a atenção, me atraíam magicamente para si. Tantos anos se passaram desde que minha primeira mestra me mostrou às letras e algarismos, e a mesma sensação se descortina diante de mim.

Ainda me sinto o mesmo menino do primário, com as palavras a ecoar nos pensamentos e a embotar a boca, tomando um espaço considerável junto aos dentes, língua e aparelho ortodôntico. É estranho: tenho vontade irresistível de escrever, às vezes, e não o faço por constrangimento, por vergonha, por medo de denegrir essa arte. Queria ser loquaz como um orador intrépido, prolífico qual um escritor de verve fluente, mas não o sou. Sou apenas um rapaz (latinoamericano, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior) que é apaixonado pela comunicação, pela fala, pela relação entre pessoas, e gosto de usar os vocábulos como meio de facilitar (ou de dificultar, dependendo do que me convenha) o contato com os demais. É por isso que sempre escrevo sobre temas muito simples, de coisas bem próximas de mim.

Se eu pudesse pedir algo a Deus de presente nesse ano, eu pediria para dominar as palavras de modo que conseguisse ser preciso, agradável, rebuscado ou colorido, conforme minha necessidade. Será que Ele, o Verbo, me daria essa graça? Ah, quanto me agradaria...!

Um comentário:

Anônimo disse...

Eheheh! Mas que piá parecido comigo, tchê! Só uma correção, vc não veio do interior, só se for interior da barriga da mãe. Diferentemente do Belchior, Vc é da bela capital do estado, lembra? Hehehe!