terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Fácil de esquecer, difícil de lembrar

Prefiro não me posicionar quanto à situação israelense; deixo que as crianças briguem , como diria Epicuro com seu cálice de vinho, cada um no seu quadrado. Só o que é triste e de se lamentar piamente é que os descendentes de Jacó foram perseguidos veementemente desde sempre, esquecendo um pouco do resto do mundo e deixando seu egocentrismo latentemente agressivo.

Em 27 de janeiro de 1945, os soviéticos liberaram os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau. Um judeu não esquece que mais de 1 milhão de irmãos morreram naqueles “chuveiros”. Contudo, é difícil que um judeu saiba que Osvaldo Aranha presidiu a Assembleia Geral da ONU em 13 de maio de 1948 e, por manobra sua, o Estado de Israel surgiu dentre os demais. Osvaldo Aranha, um gaúcho, um diplomata, um político, um advogado e um cidadão. Morreu em 27 de janeiro de 1960.

Interessante. Mais de um milhão de pessoas morre sem muito motivo e deixa no globo uma lacuna em quantia de gente; mas um único homem, por seu trabalho, consegue deixar uma lacuna de atuação. De quem é que vamos lembrar?

Não tiro a razão lá dos soldados no Oriente Médio, mas se os judeus parassem de lamentar o que lhes acometeu e vissem quem lhes está ao lado, veriam a vida com mais alegria, com “o copo meio cheio”.

Acho que deveria ser feriado em 27 de janeiro lá em Israel. Acho que não é. É mais fácil fazer a guerra que cultuar a paz.

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