quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Chá de memoriol

Fiz um curso de memorização ano passado. Admito, sou “bom de cabeça”, mas sinto que ando “rateando” por conta do cansaço, e quis ir para aprender técnicas de memorização.

A mnemônica é uma arte. Usar de modo concatenado as informações é um privilégio. Alijar palavras no papel é fácil; difícil é torná-las praticamente seres viventes, que se tornam relevantes à vida de cada um. Nesse sentido, lembro do “odor deletério” nos Irmãos Karamazov, de Dostoievski e tenho a sensação de sentir o dito fedor, tudo por conta dessa palavra, o deletério. E, assim como acontece nessa circunstância, há outros momentos da vida em que o vocábulo preciso fala muito, muito mais que uma expressão inteira. Algo como no alemão ou no russo, que conseguem reunir idéias inteiras numa palavra só (ainda que o custo disso seja o de pronunciar uma palavra de 34 letras, consoantes na maioria).

E pra me lembrar das palavras? Na adolescência, o vocabulário era imenso, vastíssimo, ao ponto de engasgar por não encontrar o termo certo. Certa vez, usei na mesma intervenção os termos panaceia e placebo. Virei motivo de piada depois.

O pior é quando a palavra é ostensivamente simples e ela não vem. Bah! Daí, manda trazer a sopa de letrinhas!

(sobre o que eu estava falando mesmo? Ah, sim, a memória!)

Estou-me a testar a capacidade de memorização, jogando para a mente um conjunto de informações importantes. Como isso anda me cansando...! Acho que preciso, mesmo, é lembrar de anotar na minha agenda as coisas que não posso esquecer...!

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