sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Amor, Meu Grande Amor
PS.: alguém lembra dela cantando O meu mal é a birita?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Comentários de quem assiste
Cheguei meia hora antes. Fui à bilheteria e ao café. Aguardei um pouco e, depois, fui à fila para entrar na sala de espetáculo. Tudo muito ordeiro, e se o público não era bem provido de finanças (embora eu ainda ache que $20 não seja um preço dos mais populares), era muito educado. Cruzou por mim o ex-governador Olívio Dutra e sua senhora, que me saudou afetuosamente e me pediu que enviasse abraços à minha avó, dizendo que eustou muito pareciso ao meu pai e meus tios. Enfim, sentia-me em casa.
Quanto à peça propriamente dita, pouco me resta a dizer: foi excelente. Os atores, também hábeis nas artes circenses, fazendo acrobacias em trapézio, aro e faixas. Magnífico. Isso foi constantemente presente no espetáculo. Valeu cada centavo. Shakespeare + Porto Alegre + boas atuações = bom divertimento.
Só não gostaria de haver saído sozinho da sala, muito menos entrar nela só. Devo ser muito excêntrico, pois não tenho companhias para minhas atividades. Droga de vida. Talvez, ao palco da minha vida, não haja muitos espectadores.
Mulher nova
Quem não ama um sorriso feminino, desconhece a poesia de Cervantes
(esse trecho é magnânimo! É da música do Zé Ramalho Mulher nova, que me deixa corado, mas é um modo de ensinar História pras crianças!)
Gatinha Manhosa
Pela centésima vez, digo: é Cafona, mas eu gosto!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Voz que clama no deserto
Lula era o exemplo da liderança pessoal. A figura dele, aclamada entre os metalúrgicos, era a representação do bem maior, o símbolo da defensa dos trabalhadores. Os fracos e oprimidos se viam nele. Hoje, 30 anos depois (fora as aplicações de botox, o clareamento dental e o tratamento VIP que se dispensa às “Nossas” Excelências) o que constatei é que não temos mais alguém para chamar quando precisamos, enquanto proletários, para que lute por nossos interesses. A oposição trabalhadora hoje governa, não sabe mais o que é bater ponto e esquece de quem está na base. Complicado isso.
Todos nós precisamos da figura do João Batista, a voz que clama no deserto, preparando a vinda do Messias. Será que, hoje, Lula é o Messias, e o que fez, fê-lo por anseio desse posto? Nada há que se possa duvidar nessa vida. Mas o que sei, e não há como não saber, é que não há mais uma figura que vele por nós.
No filme, havia uma faixa pintada com dois rostos, o de Jesus e o de Lula. Às vezes, acho que Luís Inácio gostaria de assumir essa figura do salvador imarcescível, assim como a tem o alferes Tiradentes. Enfim, convém lembrar que Jesus era pobre, foi morto pelo mesmo povo que o aclamou (no Domingo de Ramos, anterior à sexta-feira da crucifixão) e não concorreu a mandato. Gritar por justiça é difícil, mas foi feito; será que [brizolisticamente falando] o Sapo Barbudo abraçaria esse rabo de foguete? O tempo nos dirá.
Correndo atrás do rabo
Ainda não entendo porque temos esse cidadão em nosso meio. Estamos acolhendo terroristas em nosso meio! Não é o Brasil compromissado em lutar contra o terrorismo (conforme o quarto artigo da Constituição)? Parece que construímos e desconstruímos. Nossa relação internacional não é linear, não avança em francos passos. Droga de vida. É nessas (e outras) horas que me sinto num país que se comporta como se fosse um cachorro, a rodopiar para mordiscar a própria cauda, rodopiando em círculos e não avançando.
Sutileza
(propaganda em outdoor do Motel Taiko, em Porto Alegre, anunciando almoço aos clientes que frequentarem a casa das 11h às 14h)
Somebody to Love
Encerrando a seção Quarta Queen, creio ser em em grande estilo a música que segue. Sim, Cafona, mas eu gosto!
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Fácil de esquecer, difícil de lembrar
Em 27 de janeiro de 1945, os soviéticos liberaram os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau. Um judeu não esquece que mais de 1 milhão de irmãos morreram naqueles “chuveiros”. Contudo, é difícil que um judeu saiba que Osvaldo Aranha presidiu a Assembleia Geral da ONU em 13 de maio de 1948 e, por manobra sua, o Estado de Israel surgiu dentre os demais. Osvaldo Aranha, um gaúcho, um diplomata, um político, um advogado e um cidadão. Morreu em 27 de janeiro de 1960.
Interessante. Mais de um milhão de pessoas morre sem muito motivo e deixa no globo uma lacuna em quantia de gente; mas um único homem, por seu trabalho, consegue deixar uma lacuna de atuação. De quem é que vamos lembrar?
Não tiro a razão lá dos soldados no Oriente Médio, mas se os judeus parassem de lamentar o que lhes acometeu e vissem quem lhes está ao lado, veriam a vida com mais alegria, com “o copo meio cheio”.
Acho que deveria ser feriado em 27 de janeiro lá em Israel. Acho que não é. É mais fácil fazer a guerra que cultuar a paz.
Uma estrela que não se apaga
Verdi, um nome que será lembrado na história universal da Música. Compôs, dentre outras obras, a La Traviata, que é uma das óperas mais emblemáticas já compostas (e que não caiu muito nas graças do povo à época) e Nabucco, contando a dominação babilônica de Nabucodonosor sobre os judeus (e cujo Coro dos Escravos quase se tornou hino nacional italiano, pois era gritante a correlação com a situação que vivia no século XIX, em que a Itália estava invadida pela França e Alemanha, se minha memória não me trai). Vale ouvir trechos dessas lindas composições. Abaixo, ainda vai a tradução (esqueci de onde peguei) da linda Và Pensiero
O que é bom é como a estrela: pode até morrer, mas levará muito tempo para deixarmos de ver seu brilho.
La traviata – Brinde
Nabucco – Coro dos Escravos Hebreus
Vá, pensamento, sobre as asas douradas
Vá, e pousa sobre as encostas e as colinas
Onde os ares são tépidos e macios
Com a doce fragrância do solo natal!
Saúda as margens do Jordão
E as torres abatidas do Sião.
Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada de desígnios fatídicos,
Por que você chora a ausência da terra querida?
Reacende a memória no nosso peito,
Fale-nos do tempo que passou!
Lembra-nos o destino de Jerusalém.
Traga-nos um ar de lamentação triste,
Ou o que o Senhor te inspire harmonias
Que nos infundem a força para suportar o sofrimento.
Duas estrelas brilhantes
Depois, se for o caso, posso contar algumas coisas de Mozart (babado fooorte, diriam as gurias).
Abraço!
Waldir Azevedo
Brasileirinho
Devedor
Eu Amo Você
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Só para gaúchos
(li isso no Correio do Povo de hoje e fiquei rindo sozinho. Quem não é gaúcho ou não reside aqui há algum tempo, não entende o que está escrito!)
Faça valer
Durma quando o sono bater
Acorde quando Deus quiser
Assista menos TV
Cante no Chuveiro
escreva um livro
faça um filme
e se apaixone todo dia por você.
Pare tudo ao entardecer
Não importa o que tiver pra fazer
Veja o Sol se pondo no mar.
Ria sem motivo
pinte um quadro
veja desenho animado
e se apaixone de verdade por alguém.
Faça tudo valer a pena
a vida é tão imensa e ao mesmo tempo é tão pequena
Faça tudo valer a pena
Dizer eu te amo não devia ser um problema.
Faça o que quiser fazer
Fale o que a voz quer dizer
que seja como tiver de ser
Jogue o seu relógio fora
Conte estrelas
Molde Nuvens
Se apaixone todo dia pelo mesmo alguém
Faça tudo valer a pena
a vida é tão imensa e ao mesmo tempo é tão pequena
Faça tudo valer a pena
Dizer eu te amo não devia ser um problema, pois:
"tudo vale a pena quando a alma não é pequena"
Faça tudo valer a pena
a vida é tão imensa e ao mesmo tempo é tão pequena
Faça tudo valer a pena
Dizer eu te amo não devia ser um problema.
(quem canta? RUB)
(semana apaixonada) Os Amantes
O amor. Ai, ai, o amor. Em homenagem ao mais nobre dos sentimentos, essa semana será dedicada ao mais cafona, ao mais cantado, ao mais pterodáctilo dos afetos: o Amor!
Ah! Luiz Ayrão é Cafona, mas eu gosto!
sábado, 24 de janeiro de 2009
Ao meu pai
Parabéns, pai!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Sway
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Quien será
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Lonely is the Night
Preciso dizer algo: isso é Cafona, mas eu gosto!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Minha (Gloriosa) Reforma Ortográfica!
Acho que as pessoas que trabalham com plataforma alta viciaram a não acentuar nada e as de plataforma baixa, morrendo de inveja, seguiram o exemplo, porque coisa boa que não presta, todo mundo aprende rapidinho. Mas o fato é que continuo a receber e-mails com erros gravíssimos de português. Para resolver esse fandango e ajudar essas pessoinhas a escrever certo, resolvi projetar um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica. Em vez de melhorar o nível do nosso idioma, vamos facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo! Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma gradual.
No primeiro ano, o "Ç" vai substituir o "S" e o "C" sibilantes, e o "Z" o "S" suave. Peçoas que açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O "C" duro e o "QU" em que o "U" não é pronunçiado çerão trokados pelo "K", já ke o çom é ekivalente. Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika.
Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko "H" mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O "CH" çera çimplifikado para "X" e o "LH" pra "LI" ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como "onra" fikem 20% mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe. Da mesma forma, o "G" ço çera uzado kuando o çom for komo em "gordo", e çem o "U" porke naum çera preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em "tigela", uza-çe o "J" pra façilitar ainda mais a vida da jente.
No terçeiro ano, a açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que alem de desneçeçarias çempre foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo virgulas dois pontos aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio já vaum tarde.
No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Os karioka talvez naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de eskrever xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo. Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio mas ai tambem ja e eskuliambaçaum.
No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i ai im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum eli ki e muito milio çertu ? os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.
Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolojika todu mundu vai iskreve sempri çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu ate us jornalista us publiçitario us blogeru us adivogado us iskrito i ate us pulitiko i u prezidenti olia ço ki maravilia.
My Love
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Ases
Sempre há os grandes nomes das profissões. Na aviação militar, nos tempos das Grandes Guerras, os proeminentes pilotos eram chamados de ace. que significa vantagem. No fim das contas, quando Camões colocou para lermos, virou ás. Não interessando como se grafa, há ases em todas as profissões. Um dia, hei de ser ás em alguma coisa, nem que seja ás de copas.
Hoje, li sobre dois tipos de ases. O primeiro deles, aeronauta como os primeiros, porém labutando em vida civil. Teve um problema com sua andorinha de metal e resolveu brincar de pedalinho com um Airbus A320, um monstro, lançando-o a um laguinho pequetito. O maquinista é o cara. Seu coração deve haver batido como tarol de escola de samba pra colocar aquele trambolho voador como se fosse uma pedrinha numa poça d'água. O cavaleiro do século do aço fez questão de ser o último a tomar o resgate, garantindo a incolumidade da vida dos passageiros.
Mas também aconteceram coisas más com ases de ontem para hoje. O ônibus do Brasil de Pelotas tombou e feriu a delegação inteira. Que lástima. Grande jogador não é o que ganha rios de dinheiro para fazer piruetas com a bola; ídolo no futebol, para mim, é aquele que faz milagres com salário baixo e força de vontade. Lá na terra do time xavante, em que morei oito anos, há dois times principais e um terceiro, semi-principal, em que os jogadores, para poder manter suas famílias, precisavam completar a renda; como tinham pouca instrução e precisavam de um horário flexível, acabavam conseguindo emprego na empresa de ônibus do bairro. Esses, que precisavam treinar no campo do quartel, esses são os meus ídolos. Meu avô torcia para esse time e meu pai vendia rapadura no estádio que sedia a escrete, que cortava (e ainda corta) a própria grama para não gastar com jardinagem. Esses, sim, são os ases do esporte.
Eis bons exemplos. Em solidariedade, procurei a secretaria do time acidentado para colaborar. Digo-me do mesmo time do pai do meu pai mais para incomodá-lo, mas meu coração é de qualquer um dos três, contanto que trabalhem sério e que orgulhem o povo da Princesa do Sul, um dos ases da cultura desse país.
do Henfil
Valeu a beleza das flores
Se não houver flores
Valeu a sombra das folhas
Se não houver folhas
Valeu a intenção da semente
(do livro Diretas Já)
Refletindo sobre a alteridade
(li no mural do Colégio Batista, em Porto Alegre, quando trabalhei nas eleições de 2008)
The Power of Love
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Chá de memoriol
A mnemônica é uma arte. Usar de modo concatenado as informações é um privilégio. Alijar palavras no papel é fácil; difícil é torná-las praticamente seres viventes, que se tornam relevantes à vida de cada um. Nesse sentido, lembro do “odor deletério” nos Irmãos Karamazov, de Dostoievski e tenho a sensação de sentir o dito fedor, tudo por conta dessa palavra, o deletério. E, assim como acontece nessa circunstância, há outros momentos da vida em que o vocábulo preciso fala muito, muito mais que uma expressão inteira. Algo como no alemão ou no russo, que conseguem reunir idéias inteiras numa palavra só (ainda que o custo disso seja o de pronunciar uma palavra de 34 letras, consoantes na maioria).
E pra me lembrar das palavras? Na adolescência, o vocabulário era imenso, vastíssimo, ao ponto de engasgar por não encontrar o termo certo. Certa vez, usei na mesma intervenção os termos panaceia e placebo. Virei motivo de piada depois.
O pior é quando a palavra é ostensivamente simples e ela não vem. Bah! Daí, manda trazer a sopa de letrinhas!
(sobre o que eu estava falando mesmo? Ah, sim, a memória!)
Estou-me a testar a capacidade de memorização, jogando para a mente um conjunto de informações importantes. Como isso anda me cansando...! Acho que preciso, mesmo, é lembrar de anotar na minha agenda as coisas que não posso esquecer...!
Lição de objetividade
(informado por colega de trabalho, que afirma estar exposto em frente a um estabelecimento à beira da BR-116)
Hyde Park
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Lendo nas entrelinhas
Eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem. Li certo artigo, há umas cinco ou seis semanas, que dizia da evolução dos relacionamentos conjugais, entendendo o autor que passaram pelos estágios do amor-dever (imposição familiar), amor-amor (a escolha pelo sentimento), amor-prazer (aquele infinito enquanto dura, do Soneto de Fidelidade) e do amor-líquido (o padrão tá todo mundo louco, oba). Até que ponto as pessoas irão desejar isso?
Primeiro, desejava-se casar com quem se amava; depois, relaxar-e-gozar (no sentido sexual, mesmo); e depois, o que virá? O Apocalipse?
Acho que é no Admirável mundo novo que os cidadãos faziam sexo com instrumentos que atiçavam sinapses e, com isso, fazia-se TAD (trepada a distância); “como se engravidava, então?”, pergunta o arguto companheiro. Simples: laboratório!
Será esse o nosso destino, acabar deixando tudo passar correndo diante dos nossos olhos, assim como as árvores passam fora do metrô? Assim como elas, será que o que passa por nós está “em deslocamento” ou somos nós que temos medo de não sermos um mutatis mutandis?
Inovações, sim, mas a velha opinião formada sobre tudo ainda merece estar na prateleira das informações. Permita Deus que dure, por muito tempo, o arrepio do frenesi, a piscadela do flerte, o sorriso maroto da folia adulta, esconder a unha roída (ou comprida demais, o que costuma ser o meu caso), usar meia furada e meter os dedos nos furos dos bolsos. É isso que nos faz superior aos animais e coroa da criação divina: ousar querer onde não se lê. Espero que nos mantenhamos nesse status, não transformando o amor em concorrência pública*, não sendo exatos quanto uma calculadora científica.
+ * + * +
* Sobre concorrência pública amorosa, fazer piada para isso não há problema. Fiz, uma vez, um “concurso público” conseguir namorada. Não deu muito certo, mas a piada, à época, foi boa!
Mensagem do patrão
só para avisar: reformularei uma parte MUITO importante desse blog em fevereiro. Aguardem!
The Great Pretender
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Fomos autoinvadidos!
Como? Poltergeist, espíritos webpsicográficos (espero que a Reforma não haja atacado a palavra webpsicográficos), hackers? Pior: “postei” e excluí! Vê só o que saiu “de minha lavra”:
Que espírito mais atrevido! “Velha” é a senhora tua mãe, tranca-blog!
Cada uma...!
O poder das palavras
Ainda me sinto o mesmo menino do primário, com as palavras a ecoar nos pensamentos e a embotar a boca, tomando um espaço considerável junto aos dentes, língua e aparelho ortodôntico. É estranho: tenho vontade irresistível de escrever, às vezes, e não o faço por constrangimento, por vergonha, por medo de denegrir essa arte. Queria ser loquaz como um orador intrépido, prolífico qual um escritor de verve fluente, mas não o sou. Sou apenas um rapaz (latinoamericano, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior) que é apaixonado pela comunicação, pela fala, pela relação entre pessoas, e gosto de usar os vocábulos como meio de facilitar (ou de dificultar, dependendo do que me convenha) o contato com os demais. É por isso que sempre escrevo sobre temas muito simples, de coisas bem próximas de mim.
Se eu pudesse pedir algo a Deus de presente nesse ano, eu pediria para dominar as palavras de modo que conseguisse ser preciso, agradável, rebuscado ou colorido, conforme minha necessidade. Será que Ele, o Verbo, me daria essa graça? Ah, quanto me agradaria...!
Pacato Cidadão
PS.: o que é bom, fica. Brincando, brincando, Skank não saiu do circuito desde que chegou mostrando a cara e sempre mostra coisa boa. É...!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Il Mondo
Sim, Jimmy Fontana é Cafona, mas eu gosto!
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
O Caderno
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
João e Maria
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Living On My Own
Quarta Queen!
Aproveitem! God Save The Queen!
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Chama o Salomão!
Israel e Palestina brigam por palmos de terra. Parece exagero, mas quando se mensura por quanto estão brigando, quando se comparam as suas dimensões territoriais com outras partes do mundo, chega-se a conclusão que toda a querela é por quase nada, quiçá menos que isso. Daí, depois disso, ao se aliar à tradição beligerante dos dois (ou de sofredores e injustiçados), vê-se que a briga é por muito, muito pouco. Ambos os países brigam, explodem, reclamam, esconjuram, apedrejam. Ambos não se querem entender, ambos não se deixam vergar, ambos se querem fustigar.
É difícil crer que ainda tenham uma fé numa divindade. Iahweh Shalom (Deus é a minha paz) aos judeus; A-Salam (A Paz), aos árabes. Nomes bonitos, mas tristes: tristes porque, ao que parece às vistas de todos, a paz, tão cultuada pelos orientais, está somente em Deus, e não neles; em sinopse, parece que dizem “depois que eu morrer, terei paz; por enquanto, vou dar uns tirinhos por aí”.
Não sou nada divino, mas, com certeza, se eu fosse Javé ou Alá, já teria dado um jeito de surrar essas duas crianças mimadas, que não sossegam e deixam seus outros irmãos agitados. Ao ver aos noticiários, tenho a sensação de estar numa macabra rinha de galos, demonicamente trocados por gente. Não tenho ideia de deixar nada “barato”, nem de levar desaforo para casa; não ouso pedir que ofereçam a outra face, como Jesus disse. Não tenho pretensões tão grandiosas. Entendo apenas que seja possível construir um mundo em que diferenças sejam traços comuns, e que as igualdades massivas deixem uma pulga na orelha de todos.
Acho que Israel está esquecendo do que fez seu antigo rei, Salomão, e esperar que a ONU passe a espada (ou ameace fazer isso) entre o território dos dois. Quem sabe, sosseguem...!
Io Che Amo Solo Te
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
I'll Be Over You
domingo, 4 de janeiro de 2009
Dio come ti amo
sábado, 3 de janeiro de 2009
The Millionaire
Leitura em dia
Agora, antes de começar a conversar comigo mesmo novamente, vale citar que atualizei a leitura de TODOS os blogs amigos, embora a nem todos haja respondido. Agradeço o carinho de todos os amigos que me veem escrever sozinho, dedicando um abraço especial aos quatro blogs que entraram na lista (Claustro Liberto, Cara de Gia, Passarinhos e Borboletas e Outro . Ponto).
Tá. Agora, dicas de leitura:
Histórico: 1808, de Laurentino Gomes. Leve, agradável, divertido, mas profundo em conteúdo. Um livro para gente curiosa. Vale a pena cada uma das mais de 400 páginas. Recheado de notas e referências, é um livro bem situado.
Religioso: O Contrabandista de Deus, de John e Elizabeth Sherril. André foi um missionário holandês que atuou levando bíblias contrabandeadas aos cristãos das igrejas na União Soviética. Livro comovente, história de fé, testemunho marcante. Marcante.
Jurídicos: Teoria Geral do Estado, de Sahid Maluf. Livro extremamente didático, aparentemente raso, é uma fonte de boa leitura e de rara informação.
Ainda, uma das leituras mais preciosas que fiz durante toda minha faculdade e que faço questão de ler ao menos uma vez por ano é Hermenêutica e Aplicação do Direito, de Carlos Maximiliano. Trabalha com uma área difícil, a interpretação de texto no ramo das ciências jurídicas, mas tramita sem divagações. Um livro quase cirúrgico. Serve até para curso de Física de tão “exato” que é.
Antropológico: O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro. Excelente. Nosso retrato, nosso raio X. Vale a pena para quem gosta de refletir.
Curioso: Eram os Deuses Astronautas?, de Erich Von Däniken. É um trabalho que não é de hoje, mas que levanta questões que, mesmo transcorridos 40 anos desde que foi escrito, ainda não são explicados. É um livro meio lunático, mas de fazer ficar com pulga atrás da orelha.
Acho que, por ora, vale isso. Até mais, pessoal!
Back to work!
Assim, vou voltar a escrever. Farei empenho, prometo.
Grande abraço, gente! Feliz 2009 para nós!