quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia 15: A foto de um irmão/irmã de alma


Sim, eu tenho uma irmã de alma. Nunca dividimos o mesmo quarto, nunca fizemos o dever de casa juntos e nunca jogamos videogame em duelo. Mesmo assim, nada me impede de amá-la como uma mana, irmã menina que não tenho.

A vida nos impele a conhecer pessoas, e foi assim que eu conheci a Fran: numa das procelas da vida. Não dá pra precisar quando eu passei a amá-la, mas dá pra dizer que eu a amo de verdade, sem ressentimentos ou preconceitos. Ela e eu já vimos nossos amores e desamores; ela e eu já vimos nossos êxitos e sucumbências. Ela e eu já comemos muito bem e já rachamos a merenda. Não comemos ainda um quilo de sal, mas isso faríamos sem o menor resquício de dúvida.

Para um mundo que vê o amor somente para "amantes", nutrimos então um carinho imenso. Carinho de saber como estamos, como vamos, de ligarmos para a mãe um do outro, carinho de cuidarmos do que um considera importante para o outro. Já fizemos verdadeiros "programas de índio", já encaramos desafios, já gargalhamos juntos, tudo sem preconceito ou interesse. Torcemos um pelo outro, vibramos um pelo outro, lutamos um pelo outro, assim como faríamos pelos nossos irmãos - isso porque somos irmãos, e irmãos no coração.

Hoje, permitiu Deus que ela conhecesse uma pessoa fabulosa, um cara fantástico. E eu me alegro muito por isso, porque a alegria dela me completa. Sou muito bem casado, e ela acompanhou minha vida afetiva, e sei que ela se alegra por isso. E assim somos, únicos na essência, iguais no afeto.

Com ela e por ela, aprendi a amar o IuriCo, o Biel, a Tetê e o Petisco, o gato negro mais charmoso do Universo. Nunca se ama sozinho: ama-se o contexto, ama-se o comjunto. Somos o que somos, e carregamos nossa bagagem histórico-emocional conosco. E é assim, nada perfeitos, mas muito humanos, que nos amamos - não num amor volátil, efêmero ou sensual, mas num amor que nos aproxima pelo desprendimento da aproximação. Com certeza, eu dedicaria horas, dias e semanas por ela, e sei que ela faria o mesmo por mim. E por quê? Porque sei que esperamos um do outro, dependemos um do outro, mas somos peças ímpares - e, mesmo sendo tão ímpares, somos semelhantes.

Eu teria muito o que escrever da Fran: restrinjo-me a dizer que gosto dela como ela é, sem tirar ou pôr. Tenho muito orgulho da caminhada dela e de ter, ora ou outra, colaborado minimamente para que seus alvos fossem atingidos. A recíproca é verdadeira.

E, de mais a mais, ela é verdadeiramente minha irmã de alma - aquela ao qual a gente não quer perder de perto, e não por sentimento de posse, mas por um carinho cujas palavras são muito pobres para expressar.

Bueno, até amanhã!

Um comentário:

Teresinha disse...

Emocionei-me com a justa homenagem. Tinha razão o sábio Salomão, no que escreveu em seus provérbios, Cap. 17, vers. 17 e Cap. 18, vers. 24. o que resumes muito bem. "irmão de alma". Então vai pra Fran, um beijo carinhoso desta "mãe 2". Se um dia ela precisar, terá em mim uma amiga, com certeza.